Versículo do Dia


domingo, 21 de maio de 2023

Eu escolho a Cruz

Texto: Lucas 23.33:43
Introdução
Há tempos veicula que às vésperas da morte de Karl Marx, sua secretária fizera-lhe a seguinte pergunta: 
– “Deixaria alguma mensagem para os que lhe tem respeito e admiração? Qual?"
Sussurrou dizendo:
– “Minha vida. A melhor mensagem que posso deixar.”

Não significa dizer que, Karl Marx, não tenha cometido algum erro, pelo contrário, errou muito! inclusive sua última declaração pode ter sido mais um de seus muitos erros. E ainda assim, se entendia ser exemplo de vida, uma vez que era autor de inúmeras mensagens edificantes. Tanto para os que o admirava e respeitava, como os que aprenderiam acerca da vida a partir da sua.

Assim como ele, Jesus viveu algo parecido em Sua morte de vicária e diante de todo aquele sofrimento deixou-nos um ensinamento por parábola ensinando por meio de duas pessoas:
a) As que não sabem o que fazem.
b) E as que sabem o que fazem.

"Mas eles instavam com grandes gritos, pedindo que fosse crucificado. E os seus gritos, e os dos principais dos sacerdotes, prevaleciam.
Então Pilatos julgou que devia fazer o que eles pediam.
E soltou-lhes o que fora lançado na prisão por uma sedição e homicídio, que era o que pediam; mas entregou Jesus à vontade deles.
E quando o iam levando, tomaram um certo Simão, cireneu, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para que a levasse após Jesus.
E seguia-o grande multidão de povo e de mulheres, as quais batiam nos peitos, e o lamentavam.
Jesus, porém, voltando-se para elas, disse: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai antes por vós mesmas, e por vossos filhos.
Porque eis que hão de vir dias em que dirão: Bem-aventuradas as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram!
Então começarão a dizer aos montes: Caí sobre nós, e aos outeiros: Cobri-nos.
Porque, se ao madeiro verde fazem isto, que se fará ao seco?
E também conduziram outros dois, que eram malfeitores, para com ele serem mortos.
E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda."

Estes personagens permite-nos compreender a mensagem da Cruz a partir de dois pontos de vista:

1 – Os que não sabem o que fazem
“Perdoa -lhes porque não sabem o que fazem!”  Intensamente e insistentemente Jesus direcionava-se ao Pai fazendo esta oração, prestes a Sua morte e ao lado de dois malfeitores.
As palavras "não e saber” expressam a natureza do perdão de Jesus aos que O estavam crucificando. Sua onisciência e infinita misericórdia sabia o que os malfeitores não sabiam, não a consciência de sua maldade, a quem estavam fazendo a maldade. Para eles, estavam apenas cumprindo mais um ofício, este era seus respectivos trabalho. Já haviam matado tantas pessoas condenadas por diferentes crimes, que para eles Jesus seria apenas mais um, exatamente o que vivemos hoje. Uma sociedade fria, insensível, acomodada e acostumando com a ideia de matar cheirando a morte, deixando-nos estupefatos quando abrimos os jornais e só encontramos assassinatos e violência comumente aceitos pela sociedade.
Lembro-me de uma reportagem que causou-me profunda tristeza, onde adolescentes e jovens entrevistados, TODOS, trabalhavam para o tráfico. E antes mesmo da matéria ir ao ar, dezesseis daqueles adolescentes e jovens já haviam pedido suas respectivas vidas, restando apenas um deles vivo.

E ao pensar na dor da família, reportei-me a dor das mães que perderam seus respectivos filhos…
… E embora a perda precoce da inocência, meu pensamento foi transportado à cena do Calvário. Onde Jesus morreu na Cruz por aqueles adolescentes e jovens e ainda assim, eu não tive a chance de falar-lhes do evangelho… Logo, seria eu responsável por eles terem morrido sem Jesus.
Olhei para meu interior e senti-me um criminoso pior que àqueles que mataram Jesus…
… Eles não sabiam o que estavam fazendo, mas eu sei o que estou fazendo quando deixo de pregar o evangelho!
Ampliando minha responsabilidade e meu sentimento de culpa!
Cristo, por Sua misericórdia me reportou as suas ultimas palavras na Cruz.

2 – Os que sabem o que fazem
Nas entre linhas dos versos 39 a 41 diz que um dos criminosos crucificados repreendeu o outro por blasfemar contra Jesus. Vale lembrar que um dos pecados jamais perdoados seria exatamente este.
Ele disse: “Nem ao menos temes a Deus… Nós recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez”.
Cai sobre os ombros deste homem o mesmo crime que àqueles que crucificavam Jesus. Mas há uma diferença! Esse homem está consciente do que está acontecendo. Sua mente está perfeitamente lúcida em seu juízo perfeito!
Semelhantemente ao outro homem, este tinha não tinha dúvidas acerca de Jesus. Ele sabia que Jesus é o Salvador!
Ele sabia que a única possibilidade de alcançar perdão para seus pecados seria o arrependimento.
Diz o texto que ele se dirigiu a Jesus e arriscou um pedido:
“Jesus! Lembra-te de mim quando vieres no teu reino” (Lucas 23. 42).
E Jesus não apenas atendeu o pedido daquele homem! Mas lhe concedeu algo ainda maior.
Verso 42. O pedido: “Jesus! Lembra-te de mim quando vieres no teu reino”.
Verso 43. A resposta: “Hoje estarás comigo no paraíso”.
O homem estava tão convicto de seu demérito, consciente de sua miséria que ele pediu a Jesus para apenas se lembrar dele talvez ainda em sua segunda vinda.
Mas Jesus o surpreende, se antecipa e diz: “ Hoje você estará comigo no paraíso!” (Lucas 23. 43).
Pingo se torna letra para uma simplória compreensão nas palavras de Jesus: “Não precisa esperar tanto tempo!”. “Você irá comigo direto para a Glória. Sua atitude atraiu, pela misericórdia a Glória pra sua vida!”.
Os que crucificavam Jesus não sabiam o que estavam fazendo…
… Mas este homem (este malfeitor) sabia muito bem o que estava fazendo!
Ele sabia que Jesus estava morrendo na cruz por seus pecados!
Aqui findou-se minha crise… Meu coração encontrou descanso porque eu vi que Jesus perdoa os que não sabem o que fazem, mas também perdoa os que sabem o que fazem.
Logo, senti-me perdoado!

Conclusão
A morte vicária, a misericórdia e perdão de Jesus, não é um salvo-conduto para pecar. O pecado não deixará de ser pecado a partir de nosso conhecimento sobre ele. Bem como o perdão também não deixa de ser perdão a partir do nosso conhecimento sobre ele, porém um grande peso e responsabilidade repousa sobre nós, consoante ao que estamos fazendo a partir deste conhecimento.
A eficácia do perdão é, sem dúvida maior que o prejuízo do pecado. “Onde abundou o pecado superabundou o pecado, superabundou a graça”.
Quando pecamos é involuntariamente… Jesus nos perdoa!
Quando voluntariamente… Jesus também nos perdoa.
O perdão de Jesus é eterno porque ele é eterno! Suas últimas palavras na cruz foram de perdão a todos: Tanto para os que não sabem o que fazem quanto para os que sabem o que fazem.
Quanto a você… Sinta-se perdoado e assim como eu, tome  uma atitude. Eu Escolho a Cruz e você?


Por: Pr. Carlos Eduardo

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