Versículo do Dia


terça-feira, 16 de janeiro de 2024

A graça da Graça

 

Texto áureo
"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie." Ef 2:8,9

Introdução

Hoje, exploraremos a magnitude da graça divina. A palavra "graça" em Grego Koiné é "χάρις" (charis), referindo-se ao favor imerecido. Exploraremos o termo "χάρις" como Paulo o usa em Efésios 2:8-9, identificando como a graça intercepta nossas vidas de forma prática e eterna. Esta mensagem busca desdobrar o conceito da graça não apenas como um princípio teológico, mas como uma realidade viva e atuante.

 1: A Natureza da Graça – "χάρις" (Charis)

Para entender a graça, analisamos "χάρις" (charis), uma palavra nominal feminina no nominativo singular. Implica favor, beleza, e alegria. Paulo usa uma forma derivada "χαρίσθη" (echāristhē), um verbo na voz passiva, aoristo indicativo, como um dom concedido gratuitamente. Em Efésios 2:8, "Τ γρ χάριτί" (tē gar charitī) significa "pela graça", sublinhando a causa de nossa salvação – um favor não obtido por méritos humanos.

 2: A Ação da Graça – A Salvífica "σζω" (Sōzō)

Vinculada à graça está a palavra "σζω" (sōzō), significando "salvar, preservar ou curar". Usada na forma "σέσωσμένοι" (sesōsmenoi), um particípio perfeito passivo, Paulo enfatiza a ação completa da graça. "σέσωσμένοι" (sesōsmenoi) em Efésios 2:8 destaca que somos efetivamente salvos pela graça, e isso é um estado atual, contínuo e perfeito.

 3: A Graça Desprovida de Obras – "ργον" (Ergon)

Paulo contrapõe graça e obras. "ργον" (ergon), uma palavra neutra no nominativo plural, denota "obras" como esforços humanos. Essa palavra é usada em Efésios 2:9, "οκ ξ ργων" (ouk ex ergōn), significando "não de obras". A preposição "ξ" (ex), denota origem, expressando que a salvação não provém dos esforços humanos, mas é um presente imerecido da graça.

 Conclusão

A graça (charis) de Deus é radicalmente gratuita, salvífica (sōzō), e independente das realizações humanas (ergon). Vivamos, portanto, na liberdade e plenitude desta graça, deixando que ela nos transforme e guie na jornada da fé e no serviço altruísta.

 

Por; Pr. Carlos Ferreira

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